![]() Os trabalhos de Libeskind e Hejduk apontam para um entendimento pouco convencional da idéia de representação, dificilmente abarcável segundo o conceito de mimesis. O objeto é resultado de uma elaborada narrativa que reúne os fragmentos de obras de judeus ilustres que habitaram a cidade – entre eles, Walter Benjamin-os rastros deixados pelos habitantes desaparecidos e os vestígios do episódio do holocausto. Daniel Libeskind também se apropria dos personagens que pairam sobre Berlim para a construção gráfica e conceitual do Museu Judaico. Neste mundo, coabitam a estrutura narrativa de Walter Benjamin, e também a poética Rainer Maria Rilke. Vítimas, de John Hejduk, apresenta já as características que se tornaram mais patentes nos seus projetos a partir da publicação de Mask of Medusa em 1985: a adoção de uma linguagem poética, em um espaço narrativo atemporal, associados ao desenho de uma profusão de estruturas/objetos. Tanto no projeto Vítimas (1983) de John Hejduk, como no Museu Judaico (1989) de Libeskind, ambos para Berlim, encontramos referências retiradas da obra Rua de Mão Única (Einbahnstrasse) de Walter Benjamin, de 1928. ![]() A eleição destes arquitetos se deve não apenas ao alinhamento conceitual que apresentam em relação à arquitetura, mas também às suas fontes literárias mais presentes. Neste particular, destacamos os arquitetos John Hejduk e Daniel Libeskind como autores que singularizam as formulações desenvolvidas no seio da Cooper Union a partir destes. ![]() Resumo O presente trabalho discorre sobre uma vertente da crítica arquitetônica da década de 1980 que suplanta a idéia de autonomia formal em vista da incorporação da prática literária e da busca pelo textual em seus projetos. ![]()
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